sexta-feira, 1 de junho de 2018

TCC - PAULO GUIMARAES



TCC - Trabalho de Conclusão do Curso de Graduação apresentado à Faculdade de História do Campus do Tocantins, da Universidade Federal do Pará, como requisito para a obtenção do título de Licenciado Pleno em História.

Para acessar o documento clique no link abaixo:





quinta-feira, 24 de maio de 2018

Conheça o Centro Histórico de Oeiras do Pará


Conhecer o Patrimônio Histórico para preservar as Memórias do nosso Povo.

Na minha incessante busca em recontar um pouco da história de nosso município, trago a todos uma versão daquilo que considero como o Centro Histórico de Oeiras do Pará.

O Centro Histórico de Oeiras do Pará é composto pelas mais antigas e/ou mais expressivas construções do município que podem ser usadas como fonte de pesquisa pelo valor histórico que possui. Fazem parte desse conjunto a atual Praça Pça. Antônio Miranda Tenório (formada pela Antiga Praça da Bandeira e a Antiga Praça da Matriz), a Igreja Matriz de Nossa Senhora D’Assunção, a Antiga Casa dos Prefeitos, o Salão Paroquial de Nossa Senhora D’Assunção, a Antiga Casa da Fazenda Estadual, o Prédio da Prefeitura Municipal (atual Palácio Executivo Waldemar Viana de Andrade), a Casa Paroquial de Nossa Senhora D’Assunção e a Praia dos Cambocas (uma designação de nome dado por mim numa alusão de Homenagem e de Preservação da memória ao grupo indígena mais antigo da fundação deste lugar que nunca é lembrado por nós e muito menos pelas autoridades deste município).

Esses bens materiais precisam ser tombados pelas autoridades municipais e preservados pelo povo.


quinta-feira, 29 de março de 2018

Frente da cidade de Oeiras do Pará entre as décadas de 1960-1970.



Figura 25: Pintura em tinta acrílica mostrando como era a frente da cidade de Oeiras do Pará – 1960-1970.
Fonte: Acervo pessoal de Paulo Guimarães – 2015

A tela que você ver acima foi pintada pelo Artista Plástico e Professor da Educação Básica da Rede Pública Municipal de Ensino de Oeiras do Pará, Sr. Manoel da Vera Cruz Amaral Leitão Junior (conhecido como Jr. Leitão).
Pintor oeirense, filho nato empenhado em querer mostrar aos mais jovens de Oeiras do Pará um pouco da história do município.  Junior Leitão, com a intenção de recuperar um pouco da memória histórica da cidade de Oeiras do Pará e ao mesmo tempo entristecido com a demolição do prédio do INSA - Instituto Nossa Senhora D’Assunção, aqui tratado como prédio do “hospital velho”, tenta reproduzir nesta tela (a partir de relatos orais de moradores mais idosos, e que vivenciaram o contexto da época),  a frente da cidade de Oeiras do Pará nas décadas de 1960-1970.
O ponto macro dessa pintura é mostrar o prédio do INSA. Assim como não deixar que a geração contemporânea a ela, apague da memória o quanto representou a construção desse prédio e a fundação das instituições que dele fizeram uso. Além disso, representar de maneira artística a história do lugar onde vivemos.

A tela que você ver acima faz parte de uma cartilha de visitação solicitada como proposta de intervenção para minha obtenção do titulo de licenciatura plena e História, pela UFPA, em 2016. Nesta cartilha tento mostrar contar um pouco da história do nosso município de Oeiras do Pará, faço isso levantando questionamento acerca do nosso Patrimônio Histórico e o descaso com a preservação dos mesmos por parte das autoridades municipais que nos processos de reforma não levam em consideração a história por trás de construções feitas em tempos anteriores. Acredito que esta cartilha possa ser aproveitada nas escolas pelos professores, durante as aulas sobre a questão do patrimônio histórico do nosso município.


Trechos retirados da Monografia

PINHEIRO, José Paulo Guimarães. O PATRIMÔNIO HISTÓRICO MATERIAL NA CONSTRUÇÃO DA MEMÓRIA HISTÓRICA DE OEIRAS DO PARÁ.  Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado como requisito para obtenção do grau de Licenciado Pleno em História. UFPA. campus Cametá-PA, 2016

sábado, 10 de fevereiro de 2018

Antiga Casa dos Prefeitos de Oeiras do Pará

Antiga Casa dos Prefeitos de Oeiras do Pará. Oeiras do Pará. Foto: Paulo Guimarães, 2016


Endereço:
Localizado entre a rua  Gov. Magalhães Barata e a Travessa Miranda Tenório. Próximo a Praça de mesmo nome da Travessa, Nº 634. 

Bairro: Centro - CEP 68.470 - 000

Cidade: Oeiras do Pará-PA


UM POUCO DE HISTÓRIA

    O prédio que você vê na foto, serviu ao Juizado da Comarca de Oeiras do Pará com nomenclatura de Fórum Desembargador Henrique Jorge Hurley , por alguns anos.
     Esse prédio também foi a Residência dos Prefeitos deste município algumas décadas atrás. O prédio faz parte do acervo do Patrimônio Material de Oeiras do Pará. Não tem registro de tombamento pelos órgãos oficiais, mas faz parte da memória histórica deste município. Portanto, todo oeirense deve conhecer para Preservar.

Trechos retirados da Monografia

PINHEIRO, José Paulo Guimarães. O PATRIMÔNIO HISTÓRICO MATERIAL NA CONSTRUÇÃO DA MEMÓRIA HISTÓRICA DE OEIRAS DO PARÁ.  Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado como requisito para obtenção do grau de Licenciado Pleno em História. UFPA. campus Cametá-PA, 2016



Salão Paroquial de Nossa Senhora da D'Assunção.

Salão Paroquial de Nossa Senhora da D'Assunção. Oeiras do Pará. Foto: Paulo Guimarães, 2016

Endereço: Trav. Antônio Miranda Tenório

Bairro: Centro - Cep-68470000.

Cidade:  Oeiras do Pará-PA

UM POUCO  DE HISTÓRIA

    É neste Salão Paroquial onde se realiza os eventos na época da Festividade de Nossa Senhora D'Assunção. Esse espaço também é bastante requisitado para eventos públicos, culturais e de comemorações de aniversários.
    Este lugar serviu ainda como espaço de Educação Infantil, funcionou aí a Creche Chapeuzinho Vermelho, antes que esta escola pudesse possui prédio próprio.
    O salão Paroquial foi construído na passagem de Padre Arnold Konings, padre da Congregação da Missão (Lazarista) ou Filhos de São Vicente de Paulo, que congregou em Oeiras do Pará entre 1956-1957 e 1962-1996.
   A fachada que se ver atualmente não é a original, pois o prédio passou por reformas o que descaracterizou a fachada mais antiga.


Trechos retirados da Monografia

PINHEIRO, José Paulo Guimarães. O PATRIMÔNIO HISTÓRICO MATERIAL NA CONSTRUÇÃO DA MEMÓRIA HISTÓRICA DE OEIRAS DO PARÁ.  Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado como requisito para obtenção do grau de Licenciado Pleno em História. UFPA. campus Cametá-PA, 2016




Antiga Avenida XV de Novembro e seu entorno.


Antiga Avenida XV de Novembro, Oeiras do Pará. Acervo de Pe. Arnold Konings.
    Avenida XV de Novembro, principal via pública de Oeiras do Pará, com suas antigas calçadas feitas com placa de concreto armado, poderia ser preservada, para que futuras geração de oeirenses pudessem compartilhar da evolução urbana desta cidade e, poder ver que algo da sua e da história de seus pais pode coexistir no presente. 
    Na foto acima, podemos ver, ainda, os postes (em madeira) de iluminação pública, que era fornecida, pela Usina de Força e Luz, de propriedade do município.
    Aparece, também as Mangueiras que margeavam e que embelezavam a orla da cidade de Oeiras do Pará. Estas mangueiras se estendiam por toda a orla de nossa cidade, e com o passar dos tempos e por conta da transformação urbanística pela qual nossa cidade vem passando, foram derrubadas para dar espaço a atual avenida.
    Vemos, ao fundo a Casa Paroquial, com suas largas janelas, arquitetura características da década de 1950-60, neste prédio serviu, além de morada para padres que indicados pela Prelazia de Cametá, como serviu foi onde funcionou, o primeiro Posto Médico "São Vicente de Paulo"do município de Oeiras, supervisionado pelos padres Lazaristas residentes em Oeiras, dentre os quais padre Arnold Konnings.
    Com olhar histórico interessa nos destacar ainda nas personagens que aparecem na fotografia, as vestimentas usadas pelos transeuntes características da época.   

IGREJA MATRIZ DE NOSSA SENHORA D'ASSUNÇÃO

Igreja de Nossa Senhora D'Assunção . Oeiras do Pará- 2016. Foto: Paulo Guimarães


IGREJA MATRIZ DE NOSSA SENHORA D'ASSUNÇÃO


Localização: situa-se pela frente à Rua Governador Magalhães Barata, aos fundos à Rua Santo Antônio, pelo lado direito com a Travessa Antônio Miranda Tenório, ao esquerdo com a travessa Papa João XXIII.

Bairro: centro da cidade de Oeiras do Pará.

Município: Oeiras do Pará-PA

UM POUCO DE HISTÓRIA

     A atual Igreja Matriz teve sua construção iniciada no dia 18 de outubro de 1963, sendo que, segundo informações contidas num manuscrito do então padre, Arnoldo e Sr. José Augusto Alvares (conhecido no município como Zé Fechado), neste ano apenas os alicerces foram iniciados. No ano de 1964 são erguidas as paredes até a altura de cima das janelas e em 1965 o resto das paredes e cobertura é concluído. Essa construção iniciou no mandato do Sr. Raimundo Arcanjo da Costa, eleito pelo UDN (União Democrática Nacional) assumindo seu mandato de prefeito de Oeiras do Pará por pouco tempo (seis meses apenas) de janeiro de 1963 até junho do mesmo ano. 
    
    A inauguração desta nova Igreja Matriz deu-se em 25 de dezembro de 1965. Sendo a 1ª Missa rezada pelo então Primeiro Bispo de Cametá Dom Cornélio Veerman, nomeado em 1961, pelo Papa João XXIII, como Bispo Titular de Numida, o primeiro prelado de Cametá. A construção do prédio da igreja teve influência dos Padres Lazarista, conhecidos como filhos de São Vicente de Paulo ou Padres da Missão. O Primeiro padre residente em Araticú, como era chamado essa localidade, foi Pe. Adriano Naalden, seguido por padre Arnold Konings.
      
    A construção dessa Igreja torna-a singular uma vez que até o momento é a única Igreja Católica erguida na sede do município de Oeiras do Pará, em comparação com o número de igrejas evangélicas existentes. Ressalva-se aqui que recentemente iniciou as construções, de duas outras igrejas católicas, a Igreja de Nossa Senhora de Nazaré, no bairro do Marapira, e a de Nossa Senhora das Graças da Medalha Milagrosa, no bairro Santa Maria.

      A construção da Igreja Matriz de Nossa Senhora D’Assunção, por outro lado, difere-se da maioria das Igrejas mais tradicionais do Estado do Pará, uma vez que não é uma construção do período colonial. De certo em Oeiras do Pará, infelizmente, não encontramos nenhuma construção que faça referência a tal período, mesmo sabendo que essa localidade foi uma promissora missão administrada pelos jesuítas.

     Há quem diga que neste município os jesuítas não ergueram qualquer construção. No entanto, essa afirmação pode de certa maneira, ser contestada quando recorrermos a Padre João Daniel, que informa.

No rio Araticu também está uma nova vila com o nome de Oeiras, e antes se chamava a Missão de Araticu [...] O seu missionário andava com idéa de a fazer mais populosa, e tinha já praticado, e afeiçoado muitos selvagens [...] Tem uma muito suficiente igreja com três altares, e boas casas de residência dos seus vigários e directores (DANIEL, João. 1975.  1976. pp. 228-289).




BIBLIOGRAFIA:

Trechos retirados da Monografia
1- PINHEIRO, José Paulo Guimarães. O PATRIMÔNIO HISTÓRICO MATERIAL NA CONSTRUÇÃO DA MEMÓRIA HISTÓRICA DE OEIRAS DO PARÁ.  Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado como requisito para obtenção do grau de Licenciado Pleno em História. UFPA. campus Cametá-PA, 2016.

2- ANAIS DA BIBLIOTECA NACIONAL. Vol. 95. T. I. 1975. DANIEL, João. Tesouro descoberto no Rio Amazonas, padre João Daniel. Introdução de Leandro Tocantins. Relatório da diretora da Biblioteca Nacional, 1975. Rio de Janeiro, Biblioteca Nacional. 1976. pp. 228-289. No trecho retirado da obra de João Daniel, você encontra palavras que condizem com a ortografia atual, isso deve-se ao fato de respeitar, no rigor que a História requer, a escrita da época em que o documento foi escrito.

3-  José Augusto Alvares (Zé Fechado) possuía juntamente com sua esposa uma pequena farmácia, foi dono de serraria e vereador de Oeiras do Pará, exerceu vários cargos públicos. alguns trechos foram retirado de História de Oeiras do Pará, pesquisada e escrita por: Pe. Arnold Konings e José A. Alvares. Manuscrito digitado pela Secretaria de Cultura e Desporto de Oeiras do Pará. p. 

4- SILVA, Sílvio Teixeira da.  e ASSUNÇÃO, Marlene. Chão de fé, chão de história, chão de amor. Paróquia São Joao Batista, Cametá-Pa. Ed. Prelazia de Cametá pp. 73-74. 

quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

Redescobrindo nossa História-Baia dos Bócas.

Mapa dos estudos etnográficos de Kurt Nimuendajú, no século XX.

A denominação Aldeias dos Bócas foi dada pelos padres jesuítas que passaram por aqui no ano de 1653.
O nome Bócas ou Bocarj” foi um termo criado pelos religiosos para ser usado no lugar do nome original da etnia Camboca.
A aldeia dos Cambocas (Bócas) estava localizada na costa austral da mesma planície onde esta atualmente a cidade de Oeiras do Pará, em frente à costa sul da ilha de Joanes (ilha do Marajó), abaixo da foz rio Panaúba e superior a uma maré de viagem do rio Araticu.
Assim como o nome foi utilizado, pelos jesuítas, no diminutivo, o da baía onde habitavam o seu entorno foi também chamada de Baia dos Bócas.
A baía dos Bócas era formada por uma extensão de águas que vinham da enseada de Ariocurû [?], e dos rios Jacundá [“Iocundâ”], Araticu [“Ariticû”], Mutuacá [“Mutuacâ”], Guajará [“Guararâ”] e de muitos outros de largura assaz medíocre, mas com profundidade de umas quatro braças, até a entrada do rio Parauaú.


Veja abaixo a foto de um mapa atual

Pela descrição dos viajantes europeus que passaram por está localidade entre os séculos VXII e XVIII, a Baia dos Bócas estaria situada onde se ver no mapa acima o Furo Santa Maria. Mapa disponível em: https://www.google.com.br/maps.. Em 12/11/2017.