|
Igreja de Nossa Senhora D'Assunção . Oeiras do Pará- 2016. Foto: Paulo Guimarães |
IGREJA MATRIZ DE NOSSA SENHORA D'ASSUNÇÃO
Localização: situa-se pela frente à Rua Governador Magalhães Barata, aos fundos à Rua Santo Antônio, pelo lado direito com a Travessa Antônio Miranda Tenório, ao esquerdo com a travessa Papa João XXIII.
Bairro: centro da cidade de Oeiras do Pará.
Município: Oeiras do Pará-PA
UM POUCO DE HISTÓRIA
A atual Igreja Matriz teve sua construção iniciada no dia 18 de outubro de 1963, sendo que, segundo informações contidas num manuscrito do então padre, Arnoldo e Sr. José Augusto Alvares (conhecido no município como Zé Fechado), neste ano apenas os alicerces foram iniciados. No ano de 1964 são erguidas as paredes até a altura de cima das janelas e em 1965 o resto das paredes e cobertura é concluído. Essa construção iniciou no mandato do Sr. Raimundo Arcanjo da Costa, eleito pelo UDN (União Democrática Nacional) assumindo seu mandato de prefeito de Oeiras do Pará por pouco tempo (seis meses apenas) de janeiro de 1963 até junho do mesmo ano.
A inauguração desta nova Igreja Matriz deu-se em 25 de dezembro de 1965. Sendo a 1ª Missa rezada pelo então Primeiro Bispo de Cametá Dom Cornélio Veerman, nomeado em 1961, pelo Papa João XXIII, como Bispo Titular de Numida, o primeiro prelado de Cametá. A construção do prédio da igreja teve influência dos Padres Lazarista, conhecidos como filhos de São Vicente de Paulo ou Padres da Missão. O Primeiro padre residente em Araticú, como era chamado essa localidade, foi Pe. Adriano Naalden, seguido por padre Arnold Konings.
A construção dessa Igreja torna-a singular uma vez que até o momento é a única Igreja Católica erguida na sede do município de Oeiras do Pará, em comparação com o número de igrejas evangélicas existentes. Ressalva-se aqui que recentemente iniciou as construções, de duas outras igrejas católicas, a Igreja de Nossa Senhora de Nazaré, no bairro do Marapira, e a de Nossa Senhora das Graças da Medalha Milagrosa, no bairro Santa Maria.
A construção da Igreja Matriz de Nossa Senhora D’Assunção, por outro lado, difere-se da maioria das Igrejas mais tradicionais do Estado do Pará, uma vez que não é uma construção do período colonial. De certo em Oeiras do Pará, infelizmente, não encontramos nenhuma construção que faça referência a tal período, mesmo sabendo que essa localidade foi uma promissora missão administrada pelos jesuítas.
Há quem diga que neste município os jesuítas não ergueram qualquer construção. No entanto, essa afirmação pode de certa maneira, ser contestada quando recorrermos a Padre João Daniel, que informa.
No rio Araticu também está uma nova vila com o nome de Oeiras, e antes se chamava a Missão de Araticu [...] O seu missionário andava com idéa de a fazer mais populosa, e tinha já praticado, e afeiçoado muitos selvagens [...] Tem uma muito suficiente igreja com três altares, e boas casas de residência dos seus vigários e directores (DANIEL, João. 1975. 1976. pp. 228-289).
BIBLIOGRAFIA:
Trechos retirados da Monografia
1- PINHEIRO, José Paulo Guimarães. O PATRIMÔNIO HISTÓRICO MATERIAL NA CONSTRUÇÃO DA MEMÓRIA HISTÓRICA DE OEIRAS DO PARÁ. Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado como requisito para obtenção do grau de Licenciado Pleno em História. UFPA. campus Cametá-PA, 2016.
2- ANAIS DA BIBLIOTECA NACIONAL. Vol. 95. T. I. 1975. DANIEL, João. Tesouro descoberto no Rio Amazonas, padre João Daniel. Introdução de Leandro Tocantins. Relatório da diretora da Biblioteca Nacional, 1975. Rio de Janeiro, Biblioteca Nacional. 1976. pp. 228-289. No trecho retirado da obra de João Daniel, você encontra palavras que condizem com a ortografia atual, isso deve-se ao fato de respeitar, no rigor que a História requer, a escrita da época em que o documento foi escrito.
3- José Augusto Alvares (Zé Fechado) possuía juntamente com sua esposa uma pequena farmácia, foi dono de serraria e vereador de Oeiras do Pará, exerceu vários cargos públicos. alguns trechos foram retirado de História de Oeiras do Pará, pesquisada e escrita por: Pe. Arnold Konings e José A. Alvares. Manuscrito digitado pela Secretaria de Cultura e Desporto de Oeiras do Pará. p.
4- SILVA, Sílvio Teixeira da. e ASSUNÇÃO, Marlene. Chão de fé, chão de história, chão de amor. Paróquia São Joao Batista, Cametá-Pa. Ed. Prelazia de Cametá pp. 73-74.